“Durante milhares de anos os judeus esperaram um Messias
que viria criar um reino de paz na Terra”.
“Na verdade, a palavra Messias significa "o ungido". Desde a época do exílio
babilônico os judeus alimentaram a esperança e a crença de que
chegaria um Messias, um novo rei saído da linhagem de Davi. Esse rei
ideal iria restabelecer Israel como uma grande potência, e seu povo
passaria a viver em eterna felicidade”.
“A tradução grega da palavra Messias é Christos. Assim,
originalmente o nome Jesus Cristo é um reconhecimento de que
Jesus é o prometido Messias”.
Trechos de “O Livro das Religiões”.
A palavra “Messias” no hebraico ou “Christos” no grego, além de significar “o ungido” também pode significar “o escolhido”, pois o ungido seria aquele a quem Deus escolheu para realizar o seu propósito de salvação e eterna felicidade entre a humanidade. Essa pessoa escolhida é reconhecida pelos cristãos, seja católico ou evangélico, como Jesus. Portanto, Jesus é o único escolhido por Deus Pai para realizar o seu propósito de salvação e criação de um reino de eterna felicidade entre os homens.
Muitos governantes na história da humanidade atribuíram a si mesmo uma unção divina a fim de legitimar o seu governo, como foi o caso dos faraós no Egito e do Imperador Otávio de Roma que chegou ao absurdo de atribuir a si mesmo o título de “augusto” que na língua romana significa divino, passando a ser conhecido como Otávio Augusto. Mas todos eles receberam sua justa punição, pois os egípcios foram subjugados pelos persas enquanto os romanos sucumbiram diante dos povos bárbaros.
É papel dos candidatos a cargo político elaborar boas propostas para a melhoria das condições de vida em um município, estado ou nação e a partir disso pedir a Deus que o abençoe na campanha a fim de que consiga uma oportunidade para por em prática suas propostas. Mas é inaceitável, ou podemos dizer até que é absurdo e blasfemo qualquer candidato atribuir a si mesmo ou deixar que outro atribua um título de “escolhido de Deus” ou de “propósito de Deus” para legitimar sua candidatura, deixando ainda a entender que os demais candidatos podem ser propósito do diabo.
Quero finalizar esta reflexão lembrando duas coisas:
1. Jesus é o único escolhido de Deus Pai para cumprir o seu propósito de salvação e eterna felicidade entre a humanidade;
2. O Segundo mandamento da Lei de Deus diz: “Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão, porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão – Êxodo 20.7”.
Atribuir a si mesmo ou deixar que outro atribua o título de “escolhido de Deus” ou de “propósito de Deus” para legitimar sua candidatura é algo muito sério! Ou se tem uma profunda convicção bíblica e espiritual, ou do contrário estará quebrando o segundo mandamento, blasfemando o nome de Deus e atraindo juízo para si mesmo.
Vamos tomar cuidado com os nossos discursos, pois “o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão”.
LUIZ LUCAS FONSECA NETO
Professor de História e Pós-Graduando em Ciências da Religião.
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