“A independência do
Brasil resultou de uma aliança política entre o príncipe D. Pedro e a
aristocracia rural brasileira. As elites se aproximaram de D. Pedro para evitar
a participação popular na luta pela independência e garantir seus privilégios.
Por isso, o Brasil que nasceu da independência era um país monárquico e
escravista”.
Trecho do livro Projeto Araribá História, página 166.
No dia 07 de setembro de 1822, o
forasteiro português D. Pedro gritou às margens do Ipiranga: “Independência ou
morte!”, proclamando a Independência do Brasil. Mas na prática, o Brasil
continuou dominado pela família do forasteiro e pelas elites agrárias. Eles até queriam evitar a participação do povo na luta pela
liberdade do Brasil a fim de garantir seus privilégios, interesses e vantagens.
É assim na História, sempre que um forasteiro proclama a liberdade de um povo o
que acontece de verdade é que as riquezas daquele povo passam a estar nas mãos de
sua família e das elites aliadas. O interesse do povo é negligenciado.
Hoje são 07 de setembro de 2012. Ouço
pelas ruas de Carnaubais um carro de som emitindo um grito de “Liberdade
Carnaubais!”. De onde procede esse grito? Do povo? Não. Esse grito procede da
campanha de um forasteiro. Carnaubais está livre de Assu desde 18 de setembro
de 1963. Agora existe um forasteiro assuense tentando passar a ideia de
liberdade. Que incoerência é essa? Ou seria melhor perguntar: que INTERESSE é
esse?
Carnaubais não precisa de liberdade,
pois Carnaubais já é livre desde 1963. Carnaubais precisa de autonomia. E essa
autonomia só é garantida com a participação do povo de Carnaubais, com um
governo nas mãos do povo carnaubaense e não nas mãos do forasteiro e das
elites.
Vamos escrever uma página diferente e
única na história de Carnaubais. Vamos proclamar de fato a liberdade de
Carnaubais, afastando os interesses do forasteiro e das elites e entregando o
governo nas mãos dos carnaubaenses.
LUIZ LUCAS FONSECA NETO
Professor de História
Nenhum comentário:
Postar um comentário