“Quem me dera ao menos
uma vez
Ter de volta todo o
ouro que entreguei a quem
Conseguiu me convencer
que era prova de amizade
Se alguém levasse
embora até o que eu não tinha”.
Esta estrofe da música “Índios” da
banda Legião Urbana nos faz lembrar dos indígenas brasileiros que acreditaram
que os forasteiros portugueses eram
seus amigos por terem trazido algumas quinquilharias sem valor e em troca lhes
entregaram suas riquezas.
Assim aconteceu com outros povos da
América. O imperador asteca Montezuma II recebeu o forasteiro espanhol Fernão Cortez acreditando que ele era o seu
deus Quetzalcoat, que segundo a crença local, deveria vir de “braços abertos”
para encontrá-los. O forasteiro
aproveitando a alienação da população aprisionou o imperador, instalou-se na
capital do império e explorou o povo.
Assim também aconteceu com o povo
Inca que confiou em outro forasteiro
espanhol chamado Francisco Pizarro, que por sua vez, aprisionou o novo
imperador local prometendo libertá-lo se a população lhe desse uma grande
quantidade de ouro. Os incas cumpriram sua parte no acordo, mas o forasteiro quebrou sua promessa, matando
o imperador, dominando o império e mostrando com isso que não tinha interesse
algum pelo povo, mas seu interesse estava na riqueza do povo.
Não vamos achar que quem vive de
passado é museu. Vamos tirar lições com os acontecimentos passados para
acertarmos no presente. Não vamos cometer os erros dos índios brasileiros ou
dos astecas ou dos incas que acreditaram que o forasteiro era seu amigão,
mas quando perceberam que suas verdadeiras intenções era enganar o povo para se
apossar de suas riquezas já era tarde demais.
Vamos continuar construindo a
história de Carnaubais com liberdade e autonomia. Vamos gritar em alto e bom
som: CARNAUBAIS PARA OS CARNAUBAENSES!
LUIZ LUCAS FONSECA NETO
Professor de História